domingo, 29 de setembro de 2013

Do discurso de José Sarney, e o do Pe. Antonio Vieira...


As vozes que aqui se ouviam eram gritos roucos e vazios, que se perdiam por não serem escutados, porque não significavam nada, senão a voz bolorenta de anacronismo. Por todo o Maranhão espalharam-se métodos de tortura, de extorsão, do saque, do marasmo e do não-fazer; do deixa, do larga, do espera, do fica-aí, do está-dando, do não-adianta; enfim as luzes baixas que não aquecem e não iluminam. Até onde a responsabilidade da Nação brasileira está comprometida neste campo de concentração que era o nosso Estado? Nesta ilha de atraso em que estamos? Disse José Sarney (1970) in “Governo e Povo”.

 
Quer pesar o sol um Piloto nesta Cidade onde estamos, e não no porto, onde está surto o seu navio, senão com os pés em terra: toma o Astrolábio na mão com toda a quietação e segurança. E que lhe acontece? Coisa prodigiosa! Um dia acha que está o Maranhão em um grau; outro dia em dois; outro dia em nenhum. E esta é a causa por que os Pilotos que não são práticos nesta Costa areiam, e se têm perdido tantos nela. De maneira que o Sol, que em toda parte é a regra certa e infalível por onde se medem os tempos, os lugares, as alturas, em chegando à terra do Maranhão, até ele mente. E terra onde até o Sol mente, vede que verdade falarão aqueles sobre cujas cabeças e corações ele influi. Nos disse Padre Antonio Vieira in “Sermão da Quinta Dominga da Quaresma”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nenhum comentário: